Reconstrução


   Olá imagmadx!

 Coincidentemente ou não, no inverno a lava perdeu sua força. Apesar da aparente inatividade muitas coisas aconteceram.
 Nesse meio tempo acompanhamos intensamente as olímpiadas, infelizmente já as paralímpiadas, embora esses atletas tenham mais medalhas não recebem a mesma glória. 
  Por conta da pandemia o evento previsto para 2020, foi reagendado para 2021, embora ainda houvesse toda incerteza elas foram realizadas. A falta de público e a necessidade de protocolos nos lembrava sempre a realidade que não poderia ser passada despercebida, como se o tempo tivesse realmente parado em 2020. Ela não é só uma competição esportiva, ela é a maior de todas. A cada quatro anos o mundo se reuni em torno dessa bela confraternização, onde reina o espirito olímpico. Esse grande evento mesmo do outro lado do mundo conseguiu nos impactar, não só fez trocarmos nosso fuso, mas também trouxe um alívio aos olhos e refúgio ao coração em tempos tão difíceis. Apesar de tudo, podemos ver histórias de superação, criar expectativas, experimentar frustrações e ainda sim por que não recordes?
   A essa altura do campeonato, todos nós já sabemos a ginasta favorita Simone Biles deixou de participar de algumas apresentações, por conta da saúde mental.   
  Em um evento onde se coloca em cheque os limites, esse acontecimento me gerou algumas inquietações. Então como saber quão reais eles são? Se alguns obstáculos fazem parte da existência devendo ser superados, em contra partida ultrapassa-los muitas vezes pode resultar em lesões. 
Ultimamente a questão da saúde mental tem tomado espaço, sobretudo em setembro quando há a campanha de prevenção de suicídio, ela volta a ser destaque e se propaga a necessidade, pelo menos um mês do ano, de forma genuína ou não a repensar o convívio social e buscar a tão falada empatia e outros sentimentos bons.
  Um detalhe interessante que por ventura aparece nesse discurso, é colocar a mente como uma entidade separada, mas que sobrepõe o ser, nesse sentido como se houvesse uma relação de submissão. Não sou eu quem decido, mas ela.  
Assim como a empatia é uma palavra na moda, a resposta para esse dilema seria também uma palavra da moda, ou seja o tal auto conhecimento, mas o que isso realmente significa? 
Então seguindo nesse caminho abdicar algo seria também desistir? Deixar de perder é ganhar? As vezes é necessário dar um passo para trás, para seguir em frente. 
Onde há perdas, há luto. Como lidar com isso? Com a dor, com a culpa, com o futuro do pretérito? Como viver se tudo é um constante perder?
  Outro fato memorável, são os 20 anos do 11 de setembro. As famosas torres gêmeas, do imponente Trade World Center, aquelas tidas como símbolo do orgulho de uma nação, estavam sendo destruídas, colocando a todos um estado de incerteza e vulnerabilidade. Com os 10 anos foi inaugurado um  museu e o memorial, para lembrar os 3 mil mortos. Em 2014, como símbolo de resiliência foi construído um novo arranha céu no lugar.      
  Dizem que o tempo cura tudo, e que tudo passa ou segundo Lavoisier nada se cria, nada se perde tudo se transforma, mas e se o tempo for a própria dor?
   Será a dor a força que faz o transbordar de uma erupção?
   Se a dor não cria uma erupção ela transforma?
   Se a pira que foi acessa também se apaga. 
   A lava que mata traz vida. 

   Espero descobrir o que isso poderá ser e por você para próxima erupção!!!
  

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