(Arre+xeque+chá).mate? =pt. I

 Olá, imagmadx!!!

Então, dia 29 de setembro 2019 foi uma data muito especial o segundo campeonato de cheer que participava. Talvez seja melhor começar pelo começo? Sim, provavelmente seja. Tudo bem.

Dia 17 ou 18 de fevereiro de 2018, saía o resultado do vestibular, como o esperado havia aquela mistura estranha de curiosidade e medo.

Check-list: 

1º Tomar coragem e abrir o PDF com a lista de aprovados, em ordem alfabética. Rolar  cuidadosamente, até estar bem próximo do espaço imaginariamente disponível..

2º Dar aquela respirada funda.

3º Assimilar o resultado. 

Para bem ou para mal consegui a habilitação para ser uma universitária. Aqui começa a nossa pequena costura.

Entrei no site para fazer a matricula online, até ali parecia tudo certo, mas estranhei não ter recebido uma notificação como comprovante. Minha irmã, ainda bem, me aconselhou verificar, para meu alivio faltando 30-10 minutos para o fechamento do sistema realmente fiz a matricula, e recebi um e-mail confirmando. 

Ir a faculdade, no dia da matrícula, fez cair a ficha do que estava acontecendo. Na fila, comecei a me questionar, será que eu quero realmente esse curso? O que estou fazendo da minha vida? Claro chegou minha vez e preenchi a papelada. O trote, se pintar com tinta guache e passar o dia assim, tirar fotos até foi legal e me animou.

Após dois dias, ''refletindo'' nada mais parecia fazer sentido. Durante a primeira semana meu pai fez questão de me acompanhar até lá. No segundo dia da semana de recepção tivemos a confirmação de matricula mais uma vez ''pairou a voz da angústia e uma incomoda vontade de chorar e liguei para minha irmã, logo,  isso se tornaria uma rotina. 

Passadas algumas semanas de aula, haveriam treinos experimentais de cheerleading e no final uma seleção. Engraçado um dia conversando com minha irmã disse ''Eu não sei o que pensei se é que pensei em alguma coisa"'. Fui e um dia recebi a mensagem de que estava no time. E por que não? Os dias de treino passaram a ter o posto de ''dias felizes''. Curiosamente, sentia haver um balanço, quando as disciplinas eram ''chatas'' era dia de treino e aulas ''interessantes'' não. Além disso, fatores essenciais para um dia feliz eram uma boa noite de sono e uma pequena quantidade de fotosíntese. 

O manual do calouro tinha sido feito pela ABU (Aliança Bíblica Universitária) e me fez ter a vontade de conhecer mais e participar. Fiquei por perto do local que deveria ser, carregando o celular, vai que não era. Até uma menina falou comigo e me aproximei terminada a reunião fomos ''bandejar''. Eu, ela e mais um garoto do grupo fomos à estação. Nesse dia descobri uma nova opção de percurso, isso foi muito bom e útil. Como era monitora no curso e costumava estar na ABU a gente conversava e se ajudava quando necessário, inacreditavelmente havia a possibilidade de chama-la de amiga. 

Como qualquer principiante os primeiros pontos são mais irregulares, e aos poucos se tornam mais homogêneos. Com o tempo a angústia, ansiedade, e a falta de memória pareciam consumir-me inumeráveis tornaram-se as noites em claro, crises de choro as situações de incompreensão interna e externa, e fios de cabelos pelo caminho. Minha irmã mesmo na escola e se preparando para os vestibulares tentava me ajudar, quando não sabia ou não tinha mais o que dizer, ainda sim, só de ter a presença de ali comigo, no mínimo me ouvindo, era muito bom. Apesar de rotineiramente perder 5 horas, quase diariamente, comigo, conseguiu entrar na faculdade. Eita, menina boa de foco! Porque haja paciência, não foi mole não!

A rotina para o campeonato foi bastante intensa e estressante. O querer estava longe do poder ou do conseguir fazer, estavam infinitamente distante de serem sinônimos. Era muito frustrante até mesmo revoltante, o slogan da vez foi ''se não vai por amor vai nem que seja pela força do ódio. A raiva é uma emoção, a linguagem corporal é a expressão das emoções, uma definição muito interessante que tirei de um livro de psicologia é ''linguagem é o veiculo do pensamento''. Logo as emoções servem para nos comunicarmos. As emoções são mensageiras e não conteúdo do pensamento. Dessa forma, não deveríamos atribuir valor a elas, classificar a felicidade como bom e a tristeza como ruim. Uma analogia seria insultar o carteiro porque entregou as faturas. A raiva nos coloca em posição de ataque já o medo nos coloca em modo defensivo, ela nos fornece energia para agir perante as situações. A raiva e o medo estão constantemente interligadas dentro de uma dinâmica. 

A semana do campeonato era justamente no final de semestre, a semana da emoção, do tudo ou nada, que o universitário ama, não é mesmo?  

Em um tabuleiro atomizado a partida se torna realmente deveras emocionante. Assim, foi se o ano. Quem falou em xeque-mate? Ainda é muito cedo para tal, MAS, PORÉM, TODAVIA, ENTRETANTO, CONTUDO.....

 Até a próxima erupção!

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